Aos trinta e um anos decidi fazer um intercâmbio pra
aprender inglês. Tarde podia ser, mas assim foi. Nas primeiras semanas eu me
perguntava o que fazia ali naquela sala de aula cheia da “casa dos vinte
anos”. Retumbava na minha cabeça que invenção maluca era aquela de morar numa
família com uma “irmã” de dezessete anos, que me olhava com cara de “A
estranha”. Os dias se passaram e fui me
dando conta que o sol que entrava bem cedinho no quarto que “minha família
australiana” separou pra mim tinha um brilho único, que era impossível deixar
passar. Dali em diante, a casa dos vinte me entoou as alegrias minhas dos
tempos dos dezessete anos. E assim me
pus a “experimentar”, num corpo e cabeça de trinta, as aventuras que eu poderia
ter reduzido aos tempos dos dezessete. E como foi MARAVILHOSO sentir que a
gargalhada incontida que eu dava no trajeto do ônibus voltando do segundo grau,
eu consegui repetir inúmeras vezes no ônibus que me levava e trazia da escola
de inglês. Voltar em sensações na mesma intensidade dos tempos idos me fez ter
a certeza que remoçar é atemporal. Basta
deixar que aquele lado adulto demais, certinho demais, recatado demais, “experimente”, fácil, fácil, como foi aos
dezessete, aos dezoito, aos vinte e porque não aos trinta, quarenta e mais
tantos outros “enta”. E assim a alma
remoça. E quanto!
ps: esse texto vai pra Lu (Lucy
Lion) e Katia, amigas super “VINTE”, que me fizeram viver um dos seis meses
mais alegres da minha vida!
Sempre poeta, Mari.
ResponderExcluirFase imensamente feliz, leve e livre. Certamente um dos melhores momentos ds minha vida e que guardarei para sempre no coração, especialmente pelo fato de ter encontrando vocês!
Espero que nossos filhos possam viver momentos tão bons quanto os que vivemos!
Amo vc!